O mito da “pílula da felicidade” ainda é almejado por muitos. No clássico de ficção científica Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley (1932) a soma é a tal droga que todos tomam quase cotidianamente para se sentir motivados numa sociedade em que todos devem sentirem-se felizes, satisfeitos e realizados todos os dias e onde o entretenimento superficial e constante é oferecido a cada um, em todos os instantes em que não se estão trabalhando na função que lhes fora designada.
Em 1986 o medicamento Prozac parecia ser a concretização no mundo real da soma tomada pelos cidadãos que vivem na distopia criada por Huxley. O tempo, logo mostrou que a fluoxetina simplesmente realizava aquilo para a qual ela havia sido sintetizada, com limitações próprias e com efeitos colaterais impeditivos para alguns. O Prozac teve seus dias (ou década) de glória, assim como o Valium nos anos 60. Hoje, é a vez da Ritalina (metilfenidato) – existente no mercado desde os anos 50 – eleita a droga da concentração, da inteligência e do desempenho que fará você se sair melhor na escola e nos concursos.
A indústria farmacêutica não é irresponsável. O fabricante da Ritalina, recentemente lançou um folheto explicativo em que observa que “a medicação para o TDAH ‘não promove a melhora cognitiva em pessoas saudáveis’, ou seja, indivíduos sem TDAH não têm atenção beneficiada, nem a memória ou as funções executivas (capacidade de planejar e realizar tarefas). Por isso, é ineficaz o uso de medicamentos para o TDAH por pessoas saudáveis sem o transtorno”.
Não se sinta frustrado (a) por não ter obtido um diagnóstico de TDAH. Nem tente se autodiagnosticar respondendo a um “teste” na internet. O correto diagnóstico responsável e criterioso, é feito por exclusão por especialistas treinados. Sinta-se feliz e grato, por não ter uma doença mental tal como o TDAH, assim você não vai precisar tomar droga nenhuma. E, ajude-nos a promover saúde integral, cultivando você hábitos de vida saudável, bem estar geral. Busque qualidade de vida.