#PORÇÕES BÍBLICAS

Eu louvo a Deus porque ele não deixou de ouvir as minhas orações e nunca me negou o seu amor (Salmo 66.20

A oração se torna algo sem sentido, uma experiência vazia ou vã em nossa vida, quando nós a praticamos sem o devido entendimento da mesma e, sobretudo, o permanente compromisso e zelo de em nosso dia a dia nos aprofundar em nosso conhecimento e relacionamento com Deus.

Orar não é como irmos ao supermercado fazer compras, sem a necessidade e sem nos importar de conhecer o dono, os funcionários e, tudo o mais que diz respeito à empresa e ao local. Ou, como irmos ao banco visando exclusivamente o assunto do nosso interesse, sem nos interessarmos por saber o nome de quem nos atende, de os cumprimentar, dizer-lhes obrigada ou felicitá-los em seu aniversário.

O nosso relacionamento com Deus e com os nossos semelhantes é fundamentado na concepção que nutrimos sobre Ele e, tudo o que se relaciona ao que por Ele fora criado. Um correto entendimento, redundará num saudável, verdadeiro e significativo relacionamento com Deus, em Cristo, no Espírito tendo como referência a Escritura, com o apoio dos diversos meios de graça, incluindo a devoção, comunhão e oração.

Neste sentido, a mínima ou “a mais inofensiva distorção”, refletirá negativamente em todas as áreas da nossa vida, incluindo o nosso momento à sós com Deus. ATENTEMOS PARA ESTA VERDADE: o modo como enxergamos a Deus, definirá a nossa posição, a nossa postura, o nível e a qualidade da nossa intimidade com Ele, bem como da nossa vida devocional, de oração e intercessão.

Se desejamos conhecer a percepção que uma pessoa tem de Deus, do quanto esta O teme, O ama, do quanto Nele confia, busca e descansa, etc., devemos observar sobretudo, a qualidade de suas orações. Devemos atentar para a sua amizade com o Pai e sobre quem é o ponto de referência neste relacionamento. Dentre outros aspectos, vejamos o que de fato se destaca: ela ou Deus; sua pessoa ou o Criador; suas demandas ou as demandas do Pai; seus sonhos ou os Dele; seus atributos e realizações ou o caráter e senhorio de Cristo; seu poder e força ou o domínio e santificação do Espírito; sua eloquência ou sua vida na Palavra.

Vivendo num mundo e numa era antropológica, onde Deus tem sido severamente banido de Sua própria Criação, escandalosamente renegado e cruelmente ajuizado pela humanidade por Ele criada, até por alguns cristãos, corremos o risco de transformar nossa vida cristã e as nossas orações numa experiência auto referente. Ou seja, algo mais sobre nós do que sobre o Deus que confessamos, adoramos e com Ele relacionamos. Nos dirigimos à Ele como a um auxiliar do supermercado ou a um bancário. Ele está para nós servir, à nosso dispor e para nos atender prontamente, nada além disto.

Que lamento por tal reducionismo, ignorância, pecado. DEVEMOS SABER QUE: intimidade com Deus é uma dádiva que Ele concede aos seus servos e servas que verdadeiramente anseiam por uma vida de imitação de Cristo, por meio da santificação no Espírito e da vida centrada na Palavra. Conforme o Salmista Davi no Salmo 51.10, o que de fato Deus em nós aprecia é o quebrantamento do nosso coração, uma ação exclusiva do Espírito Santo em nós. Somente o temor a Deus, a submissão a Cristo e ao Espírito e obediência à Palavra, inativa a nossa soberba, arrogância, prepotência, etc.

Todo servo e serva de Deus, que der concessão à sua mente e ao seu coração a pensamentos centrados no homem, ainda que o mais sutil e inofensivo deles, deve saber que o seu entendimento e relacionamento com Deus será contaminado, deformado, incoerente com a verdade. Somos pecadores, sempre. Uns na condição de pecadores perdidos, outros redimidos. Nossas orações devem ser concebidas e realizadas sob este fundamento.

Isso muda tudo. Desde o nosso conceito sobre o Pai, o Filho, o Espírito, a Palavra e os meios de graça, dentre eles a oração, como o modo que nos conduzir neste mundo caído. Um mundo de iguais, distintos apenas pela posição e condição espiritual de cada em relação à Cristo: perdidos ou achados, condenados ou redimidos, indiferentes e opositores ou servos.

ENCORAJAMENTO:

ENCORAJAMENTO:CONSIDEREMOS OU RECONSIDEREMOS A NOSSA TEOLOGIA: Dediquemo-nos a conhecer e relacionar verdadeira e profundamente com cada pessoa da Trindade Santa, pois, o nosso modo de ser e viver neste mundo, não somente as nossas orações, dependem essencialmente desta condição.

SEJAMOS DILIGENTES: Não sejamos mesquinhos com Deus, nos exaurindo com os afazeres do dia a dia, separando alguns minutos, quando cansados estamos para estar a sós com Deus. Nada mais reprovável e repugnante aos olhos Dele. Coremo-nos de vergonha, evitemos este modelo de devoção apressada. Não nos apresentemos a Ele como se fôssemos a um supermercado ou banco. Quando assim agimos, nos incorremos na leviandade, na superficialidade, na hipocrisia, no desrespeito e no desprezo a Deus, reduzindo-O a um mero operador de caixa ou gerente bancário, por exemplo.

ACHEGUEMOS-NOS JUNTO AO TRONO DA GRAÇA CONFIADOS NELE, NÃO EM NÓS (HB 4.16): prostremo-nos reverentemente diante do nosso glorioso e gracioso Deus, que em função de Sua lealdade para consigo mesmo e, em virtude de seu incondicional amor por nós seus servos e servas, tem acolhido e acolherá para sempre as nossas orações por causa Dele, não de nós. “Eu louvo a Deus porque ele não deixou de ouvir as minhas orações e nunca me negou o seu amor (Salmo 66.20)”.

VIVAMOS O NOSSO DIA A DIA, NO ESPÍRITO: Comecemos o nosso dia e o encerremos em oração, com o coração quebrantado e devotado a Cristo, nosso Supremo Senhor e Pastor, nutrindo-nos de Sua maravilhosa promessa: “E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos. (Mt 28.20b).

Que Deus molde a nossa mente e o nosso caráter, conforme a mente e a imagem de Cristo. Que Deus tenha piedade de nós e abençoe a nossa nação, a você e a mim.